quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Fala aí, Raphael!

Deus

Muitos dizem não acreditar mais ou que nunca acreditaram, porém esses, provavelmente, são os primeiros a pensarem ou até mesmo a gritarem “Ai Meu Deus!” ou “Pelo amor de Deus”. Essas duas pequenas frases podem ser para muitos apenas dizeres bem comuns ao cotidiano, porém são frases que carregam em si grandes significados. Por exemplo, quando você diz “Pelo amor de Deus”, não tem idéia da grandiosidade disto, visto na filosofia como um amor não muito estudado, por ser considerado o MAIOR AMOR DO MUNDO.

Mudando de ambiente, podemos também ver que dentro das igrejas de hoje em dia existem aquelas pessoas que se acham santas o suficiente para julgar os outros, e que na verdade do lado de fora da igreja são pessoas completamente diferentes. Este, para mim, é o pior tipo de personalidade, pois acabam vivendo um teatro dentro da igreja, se fazendo de santos, puros, e isto, infelizmente, é o que mais pode ser visto por aí. Não digo que a igreja é um lugar como outro qualquer, e sim um lugar onde tudo que está ali converge para um determinado pensamento, e não uma atitude de julgamento, recriminação, impedimento.

Existem muitos outros tipos de pessoas, mas quero dar foco àquelas que nasceram e criaram-se na igreja, vão desde pequenas na escola dominical, participam de tudo da igreja, e que ainda assim são incapazes de transmitir uma mensagem de paz, amor, ou seja, de conforto ou ajuda para alguém necessitado. Ou então, essas pessoas acabam incorporando aquela personalidade falsa dita anteriormente.

Muitas vezes é visto em algumas igrejas, pregadores, pastores, missionários, entre outros sempre dizendo que as pessoas religiosas devem fazer a diferença onde estejam. Porém, as vezes há pessoas que são ateus, e mesmo assim fazem a diferença ou por serem boas, gentis, ou por serem más. Isso me faz lembrar um fato que marcou uma época da minha vida, e que depois disso nunca mais consegui ser o mesmo.

No dia 28 de novembro de 2005 recebi uma notícia que abalou o bairro de Laranjeiras inteiro, a morte de Gabriel Marighetti, de 19 anos. Ele, como forma de proteção ao seu irmão mais novo, Felipe Marighetti, cobra um tênis e um discman roubados do adolescente-meliante “Z” durante o dia, por volta das 12h, e à noite, por volta das 21h30min ele leva, covardemente, um tiro direto no peito. No dia seguinte, 29 de novembro, resolvi entrar no perfil do Orkut de Gabriel, e ao ler o seu “quem sou eu” vi que não fazia com que minha vida tivesse valor e valesse à pena. O seu “quem sou eu” dizia:

“CARPE DIEM Nossa estada na terra é tão curta...
Por que gastar nosso tempo aqui brigando e guerreando?
Por que uma cara de tristeza é mais fácil que um sorriso?
Por que uma repreensão é mais fácil que um elogio?
Por que matar quando podemos dar a vida?
Por que nos separar quando podemos nos unir?
Por que odiar quando podemos amar?
Por que tememos construir um mundo melhor, se é nos menores atos que se formam as maiores ações?
Para se poder mudar o mundo, a primeira mudança começa de você. Como se pode confiar nos outros se não se confia em si mesmo? Como se pode conhecer os outros se não se conhece a si mesmo?

Não precisamos ser todos santos... Apenas ser humanos.”

Gabriel Marighetti

Ao analisar esse texto, vi que realmente para nós hoje em dia é muito mais fácil começarmos a brigar, discutir e sermos agressivos ao invés de fazermos uma boa ação, ajudar alguém, fazer das nossas ações imagens para outras pessoas verem que nós somos diferentes. Não digo apenas de pessoas religiosas não, e sim de todos, pois não importa a religião, a pessoa que é diferente dentro de si será notada como alguém bom ou ruim, depende do modo como essa pessoa age.

Os últimos dizeres “Para se poder mudar o mundo, a primeira mudança começa de você. Como se pode confiar nos outros se não se confia em si mesmo? Como se pode conhecer os outros se não se conhece a si mesmo? Não precisamos ser todos santos... Apenas ser humanos” me marcou muito, pois após isso vi que eu não me conhecia nem confiava em mim, tinha medo de fazer muitas coisas. Não podemos ter medo de fazer nada, temos que no encorajar e não preocupar-nos com alguém que vá falar uma palavra de repreensão e, pois Deus está no controle e Ele sabe de suas reais intenções.

Escrevi isso não pra dizer que sei de tudo, que sou melhor que todos, e sim com o objetivo de talvez um dia alguém se toque disso e tente mudar a vida. Afinal, não sou santo nem tento sê-lo, sou apenas ser humano. Raphael Caldas

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É isso, galerinha: este blog é seu e feito por você e por quem já passou pela nossa UCP também! Esta sessão "Fala Aí!" é um espaço aberto para os textos que vocês querem compartilhar. O que você achou? Comente sobre o assunto! Reconheceu o Rapha ou alguém da foto? Diz aê! E aproveite para pensar e escrever sua própria matéria! Um AÊ para o Raphael, nosso ex-UCP e atual UPA Rio. Quem será o próximo?

3 comentários:

  1. Que texto maneiro!
    Bacana ver o desenvolvimento daquele garotinho marrento! heheheh :D
    Tão legal ver vocês crescendo e se tornando jovens que têm um propósito sério de conhecer a Cristo e torná-lo conhecido... Parabéns, Rapha! Bom estar perto.
    Um beijão

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  2. Eu reconheci a tia Cristal!!!
    Parabéns, Rapha, lindo texto! Bjs

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  3. Uhu pro Rapha!!!
    Conheci o Rodrigo, a Aninha e a Marcela, além do Rapha e da tia Cristal!
    Ganha prêmio? :)
    bj
    tia bia bacana

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